Despesas pessoais x despesas da empresa: entenda por que separá-las

É comum entre muitos pequenos e médios empresários o hábito de gerir as finanças em meio a uma série de descuidos. Um dos erros mais comuns que empreendedores com menos experiência cometem diz respeito às despesas pessoais e despesas da empresa: esquecer de separá-las.

Essa ação pode parecer apenas um preciosismo para os olhos de muitos, mas ela é o causador de muitos prejuízos e do estancamento no crescimento de muitas empresas no Brasil.

Neste artigo iremos explicar a importância de criar uma separação entre gastos pessoais e gastos empresariais, além de dar dicas sobre como fazer isso da melhor maneira. Confira!

Por que separar as despesas pessoais e da empresa?

O crescimento de uma empresa e a manutenção de seu equilíbrio financeiro passa principalmente pelas mãos de seu gestor.

Independentemente do tamanho de um empreendimento, a tomada de certas decisões pode ser a causa do sucesso ou do fracasso. Um empreendedor que foca no equilíbrio financeiro de seu negócio e gere seu dinheiro de maneira cautelosa e assertiva tende a ter sucesso.

Uma das formas principais de atingir o equilíbrio financeiro é separar as finanças pessoais das finanças da empresa e isso inclui especialmente as despesas mensais. Um empresário que não cria uma parede entre as duas coisas pode acabar misturando rendas e custos e perder o controle do seu fluxo de caixa.

Sem um monitoramento constante do capital de giro, é possível perder de vista qualquer forma de avaliação do desempenho real de sua empresa. Por exemplo, se você cometer o descuido de pagar uma conta da firma com seu cartão pessoal (em vez de utilizar o dinheiro da empresa) neste mês, ao analisar o balanço mensal, esse gasto não vai ser contabilizado.

Ou seja, além de esconder o valor dessa despesa e ter uma visão distorcida do seu balanço, suas finanças pessoais ainda vão sofrer um impacto inesperado. Nada pior para a saúde financeira do que achar que está lucrando quando, na verdade, se está sofrendo um prejuízo.

O mesmo vale para o uso dos cofres da empresa para gastos pessoais. Além de ser uma prática desonesta com os outros gestores ou com quem gerencia suas finanças, isso pode acabar abalando o capital de giro da companhia e pode fazer sua empresa virar o mês no vermelho, gerando endividamento e inadimplência.

Como separar as despesas pessoais das despesas da empresa?

Agora que você já sabe o porquê da importância dessa distinção, é hora de aprender como separá-las. Confira com a gente para saber a maneira mais prática!

Organizar tudo!

O primeiro passo para um empresário dividir os custos pessoais e custos da empresa em caixinhas distintas diz respeito à sua rotina empresarial. O ideal para qualquer empreendedor que tem problemas com isso é obter “pastas” de anotação diferentes. Mas o que isso significa?

Se você usa uma planilha para controlar os gastos da empresa, crie uma planilha separada para estipular os gastos pessoais, e faça o controle do fluxo de caixa individual em cada uma delas. Se sua preferência é por meios físicos, tenha cadernos e gavetas diferentes para discernir os tipos de despesa. É de grande ajuda separar as coisas por cores

Responsabilidade financeira

Como explicamos anteriormente, utilizar o dinheiro da empresa para arcar com custos pessoais é extremamente prejudicial para o seu negócio. Pagar contas da empresa com seu dinheiro pessoal também não é uma ideia nada boa, especialmente se isso não for devidamente registrado no fluxo de caixa.

Disfarçar prejuízos não é uma prática ética para empresas de nenhum porte, e ter uma visão clara do real desempenho da instituição é necessário para tomar as decisões certas e estabelecer planejamentos assertivos. Estabeleça uma cultura de responsabilidade financeira que encoraja a transparência.

Defina um pró-labore

É certo que, se você é empresário, sua expectativa em relação a uma empresa é que ela seja seu ganha-pão, não é mesmo? É importante, porém, tomar cuidado com o quanto você espera retirar dos cofres da empresa, caso contrário pode acabar endividando as contas da firma.

É por isso que, considerando a margem de lucro média do último ano, por exemplo, o ideal é estipular um pró-labore, que é o equivalente a um salário por parte do proprietário. Tendo esse valor estipulado mês a mês e registrando no controle do capital de giro, o equilíbrio financeiro é mais facilmente atingido.

Se os resultados de sua empresa forem consistentemente positivos, é possível considerar um aumento de pró-labore para os sócios!

Crie um fundo de reserva

Crises econômicas e imprevistos dos mais variados tipos podem acontecer com qualquer empreendimento. Estamos passando pelo fim de uma pandemia e sabemos como isso afetou o mercado e fez com que muitas empresas fechassem as portas. As que sobreviveram e souberam se adaptar às mudanças do mercado, porém, tiveram inúmeras oportunidades de alcançar o sucesso.

Para que se tenha espaço e tempo para respirar e realizar as devidas mudanças no rumo de sua empresa, ou simplesmente esperar a tempestade passar, é preciso ter uma reserva emergencial. Se sua firma vem tendo uma margem de lucro confortável, comece a alocar uma parte dele a um fundo de reserva e aplique esse valor em um investimento seguro.

Não se esqueça de separar seus fundos de emergência pessoais e da empresa, porém! Mesmo no que diz respeito a crises e emergências, é essencial separar as duas coisas.

Conte com uma ajuda especializada!

Sabemos que a organização financeira é uma prática complicada com que todo empresário precisa lidar. Em meio a tantas preocupações que o cotidiano empreendedor carrega, o jeito mais prático e mais seguro de cuidar das finanças do seu negócio é contar com a ajuda de um contador especializado.

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